tentativas



Acordei de manhã
Era cedo, levantei
Estava escuro
A primeira vez que fiz isso sozinha
A tempestade me deu boas-vindas
Molhou parte do meu corpo sentado
Os trovões e relâmpagos traduziram o que sentia
O mundo inteiro podia ouvir
Não estava mais a salvo
Segredos expostos
Já não sentia, perguntei
Quanto tempo mais?
Quanto tempo mais?
Quanto tempo?
Na ignorância, na tempestade, aqui sentado.
O tempo!
Sabia que passaria.
Mas, quanto tempo teria que esperar?
Já não sentia, observei.
Raios, trovões, tempestade.
Dentro e fora.
Silêncio
Silêncio
Silêncio
Dentro e fora.
Abro os olhos já está claro, amanhece.
Amanheço.
E o céu está azul.
Fenômenos da natureza que esperam tranquilamente o tempo de cada coisa.
O tempo de cada coisa, a resposta.
18 de novembro, quinta-feira, 5h30, primeira vez que fiz isso sozinha.
Mais um dia, menos sábado, domingo e segunda.
Amanhã. 5h30. Levantarei no escuro.